sexta-feira, 22 de junho de 2012

Habitat Natural

    Introdução:

     Nunca encontrei alguém que compartilhasse das mesmas especulações que eu, e acredito que nunca irei encontrar. Isso parece óbvio, mas não quero ser tão drástico e minucioso, enfim: explicarei.
     Na minha jornada, só ultimamente pude adquirir certa maturidade e ainda tenho que desenvolver partes falhas da minha pessoa, algumas dessas partes, só pude descobrir através de outras pessoas. E assim desejo prosseguir, mas agora me encontro em certos dilemas, irei compartilha-los com você, e que eles levantem essas mesmas questões diante de sua vida. Espero que as pessoas mais intelectuais, e mais perceptivas, entendem o que eu quero dizer com esse texto, é nada mais nada menos, que um teste.

     O desenrolar:

     Fiz dezesseis anos, faz praticamente um mês. Mudanças extremamente drásticas de opiniões me acometeram, finalmente. 
     Há um tempo atrás, conheci uma pessoa (hoje um grande amigo), e com ele, pude ter discussões e reflexões que um adolescente comum não teria. Praticamente foi quando meu interesse por Filosofia aumentava, o que me influenciou muitas coisas, dentre elas, o lugar onde escrevo agora.
    Além dele, várias outras pessoas me fizeram chegar a conclusões sobre mim mesmo, sobre tudo aliás. E isso foi e continua sendo muito bom para mim.
     Posso afirmar que uma das minhas maiores descobertas, foi da minha extrema sorte! Alguns acasos (no momento, com a minha visão atual, considero sim, apenas acasos) me levaram a esse interesse por questões que muitas pessoas fugiriam. E ainda nessa mesma grande descoberta pude perceber que algumas dessas pessoas que fogem, se questionam sobre isso, mas (infelizmente) não fazem nada além.
     Continuando com minha postura de questionar o que é evitado e tentar pensar, cheguei ao meu (até hoje)  maior questionamento. Sim, o fiz. E com isso, a certeza de que na vida vários testes acontecem, para nos desvencilharmos de verdades falsas.
     Perco a razão, ironicamente, quando se trata de Ciência. Aquilo mais perfeito que já foi inventado, ou melhor, a coisa mais perfeita que já foi descoberta. E batamos palmas para todos os cientistas, pensadores e  pessoas que usam da razão! Procure os revolucionários, procure aqueles que mudaram o mundo, a grande questão, era que ninguém acredita nas coisas antes que lhes seja provado em suas caras ( a não ser uma coisa, é claro). E todos eles fizeram isso.
     Ela [a Ciência] há de se precisar cada vez mais,  e isso não pode ser chamado de imperfeição! Afinal, invoque Sócrates, invoque Platão, Newton, todos eles não afirmavam que nunca teriam todo conhecimento? Sendo o mesmo infinito?
     Somos limitados, admitamos. Mas digo isso de maneira extremamente elevada. Nesse texto, leitor, tudo que digo deve ser levados aos limites dos sentidos. Se trata de Ciência, (vou citar agora, mas não irei fazê-lo de novo, pois acho indigno se tratando de um texto sobre Ciência) não se trata de pessoas ignorantes, que pensam ( sim, por incrível que pareça, mesmo que rudimentar, elas pensam) que não conseguem fazer algo, elas podem ser melhores do que eu em vários aspectos, mas vamos nos diferir nesse ponto. Sou utópico? Sou sonhador? Não, a resposta certa, não é eu que sou utópico e sim elas que são presas, acorrentadas a Caverna de Platão, cegas, e me matarão um dia, me matarão, pois aquele que tenta ver a luz, sempre será condenado.
     Percebo, a essa altura do texto, que já perdi o medo de dizer certas coisas, coisas que eu me privava antes, mas agora isso não importa mais, vai ser só aqui, e as pessoas que irei admirar, já estão estabelecidas, e se vier mais alguém, essa pessoa não será barrada nas minhas palavras (a não ser que não me compreenda realmente), enfim, este é um teste duplo.
     Descobri a grande falha do ser humano, um dos seus grandes medos, e de que isso valerá, se não sair de mim? De que valerá o que você descobriu se isso não sair de você? Admita, ninguém entenderá seu pensamento do jeito que você entende! É esse o dilema o qual prometi compartilhar, por favor, reflita... Eu também não consegui achar uma resposta, ainda. Essa é também o ponto principal, o porquê da falha de Luther King, de Gandhi entre tantos outros. O ideal dentro deles era perfeito, mas não pode ser cumprido, por que a ideia é como um parasita específico, elas se deterioram fora do seu hospedeiro original.

A esperada conclusão:

     Até agora, respondo essa deterioração, com o que a Ciência nos mostra: Culpa dos sentidos, nosso abstrato, nosso cérebro é perfeito, o problema é que quando essa ideia tem que passar pelos sentidos, ela se torna vulnerável a toda uma gama de fatores. E é por isso meu (minha) amigo (a), que você não vai dar a importância que esse texto merece. Obrigado.
   

"E sozinho jaz o menino, que virou moço e ainda não virou homem... Descobriu a cortina atrás de si, e não percebeu que está do lado contrário. Lá ele jaz sozinho. Mas espere, ele está se levantando!"

Arthur   Gobbi de Lima (inclusive a  frase)
     

7 comentários:

  1. Hum... interessante.
    Gostei do texto e como já disse no anterior, você escreve muito bem.
    É um pensador, isso é ótimo! É o que falta nesse mundo, onde a maioria das pessoas abaixam a cabeça para tudo o que lhes dizem e nunca questionam o que é verdade, o que é mentira, o que é uma verdade maquiada, enfim, parabéns!

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  2. Arigato Selene, é difícil pensar que quem escreveu esse texto é a mesma pessoa que te ameaça com uma garrafa de vidro! uHUHASEUHuhase

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  3. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk verdade...
    Acho que você é um psicopata mesmo. Aliás, acho não, agora tenho certeza...rsrrs

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  4. Queria ser eu tão calculista quanto um bom psicopata!

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Realmente João, o grande dilema é esse: Como transpor as ideias? Já que não posso fazer isso através de palavras,e etc? A resposta para esse texto eu descobrirei, mas por hora acredito que seja a matemática.

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  7. Acredito ser, de uma forma mais englobada, a própria lógica. O problema é que a organização dos pensamentos e de perspectivas aparentemente não possuem uma natureza lógica, mas probabilística que está intimamente ligada com fatos, casos, experiências e, acredito que seja o mais importante, a interpretação guardada no cérebro de situações anteriores à ideia que ilusoriamente pensamos ter "criado", como se "surgisse" algo na natureza.. A falha das grandes perspectivas de vida dos grandes idealizadores do mundo é que suas ideias são, em si, suas próprias vidas, e jamais poderemos absorver a vida de alguém como um todo, logo jamais uma ideia é absorvida na íntegra. Nem tudo é passível de uma análise lógica, tais visões de mundo são uma dessas coisas. Podemos dizer que estamos isolados em nossa visão de mundo ou podemos simplesmente abandona-la por reconhecer a ilusão despretensiosa da sua natureza; como fizeram os positivistas lógicos.
    O dilema que me corrói até hoje é o de que vale mais a pena: manter uma visão de mundo, construí-la, brincar consigo mesmo, ou é mais válido abandonar esta falha do nosso cérebro usando a razão é lógica?
    É bom ressaltar um fato curioso: um famoso positivista lógico, Kurt Godel, se matou de fome depois da morte da sua esposa, pois pensara que, dentro de um contexto de guerra, sua comida estaria potencialmente envenenada. :)

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