terça-feira, 25 de setembro de 2012

Arapuca

     Meus últimos contatos com os filósofos Iluministas têm sido magníficos. Suas ideias me fascinaram de um modo muito diferente de qualquer coisa. Meus pensamentos, minhas críticas, vi muito disso neles. Agora vou procurar estudar mais todos eles, para enfim, criar minha própria filosofia.
     É complicado dizer isso, mas perceber que estou em uma época pobre me deixa perturbado. Essa época ao qual me refiro é apenas um período pelo qual estou passando, no qual considero que não estou sendo crítico e pensador o suficiente. Filósofo. Confesso que a perturbação é extremamente essencial. Essencial para sairmos da inércia de continuarmos parados, mesmo que avançando. É preciso acelerar mais e mais. Pois o tempo é curto.
     Terminando uma das grandes obras épicas que já li, me vejo em um impasse. Vou então procurar novos meios para seduzir e saciar minha busca por conhecimento e sabedoria. Mas isso não é o que mais me incomoda.
     Estou incomodado realmente por ver como está tudo tão errado e perdido. "A vida pode ser a pior benção ou maldição que alguém pode te lançar". E uma aula sobre teóricos magníficos só me ajuda a pensar mais no assunto.
     O caso é que, eu sempre soube que não seria fácil seguir por esse caminho. Um caminho em busca da verdade. Será? Mas com certeza um caminho em busca do conhecimento. Sim, isso sim. Pois ele me fascina, e as pessoas que o desenvolvem também. E essa certeza minha veio cedo, no Mito da Caverna de Platão já podemos identificar essa dificuldade e condenação, por parte daqueles que não desejam seguir o mesmo caminho.
     É claro que isso não mexe muito comigo, o maior problema é querer que eles também sigam. E aí vem outro ponto da minha jornada; a Solidão. Sim, a solidão pois não há como buscar o mesmo em conjunto! Vejo a minha aventura como uma grande estrada. Nela eu posso caminhar, correr, ou me teletransportar de áreas do saber diferentes, e as quais eu esteja conhecendo. Nessa grande rede de saberes, eu posso encontrar - e encontro - muitas pessoas. Porém, não posso andar com nenhuma delas, eu tenho que seguir.
     A Solidão em si, não é o problema, me desculpo se foi essa a impressão que dei. Mas observe que as pessoas que eu vou entrar em contato, durante minha jornada, também estão avançando - a maioria - e o grande problema em si, é aquelas que estão paradas.
     Confesso que apesar desse primeiro ponto ser às vezes desconcertante, é duplamente recompensador, foi isso que escolhi, e assim vou persistir até meus últimos dias.


Aterrisse, meu jovem.

     Aterrissar é uma das piores coisas que eu já experimentei, pretendo manter meus pés o mais longe possível do solo. Porém, não se pode abandonar por completo algumas ligações mundanas. (isso gera uma discussão legal também). O caso é que quando trago isso para a minha vida, vejo como é difícil espalhar todos esses ideais, toda essa matutação em minha cabeça. Eu já disse a dificuldade de se expressar uma ideia! (texto "Habitat Natural", é só procurar aí, se quiser é claro) E como se não bastasse isso, existem alguns que realmente, não querem entender.
     Mas o que será tudo isso?! Um desabafo? Um momento de fraqueza nessa busca? Não, um momento de verdadeira reafirmação.
     Isso é um aviso a mim mesmo. É um alarme de que preciso me movimentar, preciso pensar mais e mais. Mas como eu sempre fiz, e provavelmente sempre vou fazer, eu te convido! Venha comigo, comece a teletransportar, comece a correr, e se não for possível, tente ao menos engatinhar na busca pela iluminação da mente. Na busca por nos tornarmos os verdadeiros profetas. ( Sugestão de livro: Sejam sábios, tornem-se profetas, George Charpak e Roland Omnès)
     Devo parar por aqui, espero muito mais de mim na próxima, não considero isso nem sequer um texto. Mas peço, pois mais em vão que seja, (pois sei que é quase inútil). Não fique parado. Não deixe isso ser mais um texto que te incentiva a mudar sua postura e você deixa de lado. É recompensador, e eu, que saí de lá por um momento muito breve, desejo retornar com todas as forças. Aproveite,  e pegue uma carona. 
   











AH! Vi hoje um comentário de uma pessoa diferente aqui no blog. Vamos honrar. Agradeço àqueles que perceberam a mudança no meu jeito de escrever, não tem a ver com nenhuma técnica, apenas na voz do texto. Está diferente, espero que, a mutação completa seja muito boa, e cada vez mais inteligente. Em especial nesse texto, que ficou para lá de pessoal, ( o que não me agradou, nem um pouco) a inspiração fica no outro mundo, para o qual sinto necessidade de partir imediatamente, e acredito que já estou indo.

sábado, 8 de setembro de 2012

Como pode assim?


Oh humana a tua dor
Será fraca? Causa muito mais frio que calor?
Mas você simplesmente desapareceu.
Com uma palavra de adeus

Os dados da vida não param,
De brincar se cansaram
E você aonde está?
Nesse maremoto de emoções?

Não sabes como dói.
Deixar-te ir, para voltar como nunca foi
E assim ser como eu não quero
Sem teu jeito , tamanho esmero

Perder para a distância
Perder para o romance
Dizer a mentira imaculada
Na forma desculpada

Mas de que tudo isso importa?
Agora me complico, chega a hora
Vá, há outros mundos além desse
Entristecer antes eu do que você.

Valeu de muito, pois me situaste,
A me tornar mais forte ajudaste
E escrevo aqui nas desesperanças de judeus
Que talvez isso nunca seja lido pelos olhos teus

E quando os judeus sofriam, a Rosa
Ela queimava, e dessa vez a Rosa
Nem branca, nem rosa ficou
Simplesmente se apagou

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Um ponto sobre diálogo.

Trecho da apostila de Filosofia do Poliedro sobre Platão. Autor: Romulo Vitor Braga.

"Por que diálogo?"

     "O diálogo consegue proporcionar a experiência de que o conhecimento deve passar por um processo de purificação ou de elevação que segue determinados estágios inferiores para adentrar estágios superiores.
Além disso,o diálogo oferece uma carga dramática necessária para que seja possível compreender que, apesar de envolver linguagem fundamentalmente teórico, a Filosofia requer um esforço, determinação e postura, que de fato, estão aliem da vida do cotidiano. [...]
     Para o filósofo, os sofistas não agrediam ninguém fisicamente, mas faziam uso da violência da palavra. Em um dos seus diálogos, usa de palavras duras para descrever a atitude de um sofista em particular que " salta como uma fera, pronta para dilacerar" para fazer calar Sócrates.
     Para ele, os sofistas odeiam a Filosofia por ela não reconhecer no prazer das paixões o princípio necessário da vida humana. Portanto, quando o sofista quer defender apensa a aparência da verdade, eles está se esforçando para defender algo mutável, que se alterna de acordo com a vontade, algo que não é fixo, mas que muda a bel-prazer. O sofista, então, defender a opinião subjetiva que não tem fundamento autêntico, mas que apenas quer satisfazer uma opinião pessoal arbitrária a qual, como a criança, muda de acordo com sua satisfação passageira. O sofista quer defender a aparência, quer dizer aquilo que o homem, preso ao mundo físico, das paixões, da opinião (Essa parte aqui é bem interessante), quer ouvir. A filosofia todavia, procura a verdade que nem todos estão dispostos a enfrentar. "