terça-feira, 28 de agosto de 2012

A feiura nossa

     O mundo é cruel. Mas já matamos o verdadeiro significado de mundo. A realidade é triste, e você nada vai fazer a respeito disso.
     Esteja você, na idade em que estiver, pare de ler o texto,  e olhe a sua volta, esse mundo é bom? Pergunta difícil de lidar não? Bom, então faremos o seguinte, irei discorrer com a visão de alguém que sofreu pouco, muito pouco, então talvez esteja menos anestesiado dos efeitos das dores que a vida pode causar.
   
     O MAIS IMPORTANTE DE TUDO: Seu idiota, me perdoem as damas, vou lembrar que antes de lerem esse texto ESQUEÇAM que quem escreve aqui é Arthur. Será melhor, acreditem.



     Olá! Meu nome é Arthur. (Mas não o Arthur que você está pensando) Estou escrevendo um texto motivado pelos sentimentos negativos do homem. Situações corriqueiras - Sei que parece incrível, mas coisas ruins fazem parte das situações corriqueiras - me influenciaram a escrever.
     Somos falsos, mentimos. Somos fracos e sem coragem. Mas ainda dizemos boas palavras.
     O caso é que, a vida é um sofrimento total, para alguém que é bom. Se você acha que a vida não é ruim, que viver é uma dádiva, você não é uma pessoa totalmente boa.
     Saiba em primeiro lugar, que você, está matando pessoas. Sim, para você viver, você mata as pessoas. Mas isso é tão injusto! EU não tenho culpa! Imagina se não, esse seu pensamento é um dos principais problemas do mundo.
     Quero ver quantas pessoas entrarão em conflito com o que eu vou dizer aqui, obviamente que a maioria não irá se pronunciar, mas isso é bonito. É bonito, por que estou falando dos problemas do mundo, e você não vai se preocupar com eles! NÃO! Vós preocupareis com os meus erros, e não vereis eu estou apontando o dedo para vós e para mim.
     Feísmo é a palavra. Feísmo é a reflexão. A noção de como tudo pode ser feio. Irei exemplificar em uma história, uma não, várias.

"Um garoto chamado Júlio tinha acabado de entrar no colegial. Ele só estava ali pelo sistema falho de educação do seu país,  e também por estar em uma escola particular. Ia arrastando com as matérias, nunca se dedicou, suas apostilas todas em branco. Só brincava e conversava na aula. Nunca estudava, sua vida era aparentemente puro lazer. Foi assim até o terceiro colegial."

     Essa é história bonitinha. O feísmo seria extraído daí, assim:

     Esse mesmo garoto, não sabe quanto mal causou. Enquanto ele fazia bagunça na sala de aula, ele atrapalhava quem estava lá para estudar, fazendo com que aquelas pessoas fossem prejudicadas.
     Ele tem bons professores, mas ele os vê como idiotas que estão atrapalhando sua diversão. Ele tem material, mas aquelas apostilas serão em sua maioria jogadas fora. Não serão utilizadas. A única coisa que ele insiste em fazer, é atrapalhar os outros, prejudicar sua própria vida,  e desperdiçar uma oportunidade.
     Seria bom se parasse por aí, mas não para. Como ele não tinha nenhum tipo de bolsa devido a sua situação desanimadora como aluno, pagava o preço integral da escola. Mensalidade que vale um salário mínimo. Já parou para pensar em quanto vale um salário mínimo? Se esse dinheiro fosse para uma família carente, bocas seriam alimentadas, e com muito mais chances, os filhos dessas famílias aproveitariam muito mais uma escola do que esse aluno.
     Então paremos com essa história, e contemos a história de uma mulher:

"Uma mulher, 26 anos, chamada Catarina, procura em uma escola particular uma bolsa integral de estudos para apenas o terceiro ano. Ela trabalha de doméstica e às vezes pega o turno da noite em uma lanchonete. Porém, ela tem um sonho: Se formar em biologia. E nem que se ela ficasse sem dormir, apenas para estudar, ela aproveitaria uma chance para tentar passar em uma universidade. Infelizmente, não era possível para uma escola providenciar uma bolsa de estudos para uma pessoa que não mostrava garantia de passar em um vestibular."

     Mesclando as duas, temos dois comportamentos totalmente opostos. A atitude do aluno, quando confrontada com a atitude da mulher, gera revolta. A primeira história parece zombar da segunda, olhar para ela, jogar todo seu desprezo. Enquanto a outra, sem alternativa, tem de continuar sua dura rotina.
     Quantos casos já não vimos assim? Muito mais casos da primeira história do que da segunda, mas mesmo assim, ambos são numerosos.
     Então a lógica desse texto volta à tona "tudo pode piorar".
     O primeiro sentimento que muitos podem ter pelo menino é de raiva, que a culpa desse mundo está em pessoas como esse garoto que não dá valor ao que tem. Então eu digo: Não, vamos aprofundar mais um pouco a situação.
     Em primeiro lugar: A história da menina é continuação da história do menino. Exatamente isso. Antes de ter seus 26 anos, a mulher também foi uma estudante, e teve a mesma atitude de Júlio. Só brincava nas aulas, e não dava valor a oportunidade que tinha. Posteriormente, ela não passou em nenhum curso, e teve que aprender com a vida, algo que ela, como ele, fizeram com uma atitude infantil e idiota.
   

A culpa então é de quem? 

     Será que Júlio e Catarina deveriam receber a culpa por suas atitudes? Complicado. Vou responder com duas visões, que posteriormente se unirão. 
     1ª. Os motivos? Temos motivo para tudo, mas muitas vezes, esses motivos não são conscientes. Não, não estou tirando a culpa deles. Será que é falta de pensar? Talvez. O lugar onde estamos, dá abertura para que isso aconteça. A sociedade onde vivemos. Em um país que tenta emburrecer as pessoas cada vez mais com distrações, verdadeiras "políticas do pão e circo", manipulação da mídia e tantos outros recursos. 
O protótipo de uma pessoa como Júlio, não parece ser tão nocivo a corrupção, por exemplo. Ao contrário meus amigos, é um perfil muito interessante. Pois será uma pessoa que não questiona, que engolirá o que o governo disser, e viverá sua vida sem perceber que o jogo da seleção é só para distrair de mais uma CPI.
     2ª Podemos pensar: Talvez ambos deviam ter muitos conflitos em casa. Mas então eu não deveria colocar isso na minha primeira visão? A qual eu estava apresentando fatores externos que influenciavam aquelas atitudes? Não. Por quê? Bom, vamos a mais uma história.

"Uma família de renda razoável sofria com um problema constante: o alcoolismo do pai. A família era composta por uma mãe, um pai, e dois filhos. Em muitos dias, o pai ia do trabalho para o bar, voltava, espancava a mãe, e batia nos filhos. Essa história se prolongou, até que um dia o pai morreu, e os filhos cresceram.
Um dos filhos seguiu o mesmo destino do pai, possuía o vício do álcool, causando muitas brigas em seu lar. Quando questionado sobre o porquê de ter esse destino, respondeu: 
— Ah! Meu pai era um bêbado, batia em minha mãe. Eu tive uma infância terrível... Isso me marcou muito, e acabou com a minha vida.
O outro filho, por incrível que pareça, seguiu uma carreira de sucesso, se tornando um cientista famoso. Quando questionado sobre a razão do seu enorme sucesso, respondeu:
— Ah! Meu pai era um bêbado, batia em minha mãe. Eu tive uma infância terrível... Só não quis isso para a minha vida.

     Respondendo

     A quem culpar? A nós mesmos, essa é a resposta. A nós por que preferimos tudo fácil, e não nos esforçamos, por censurarmos os criativos, justamente por que não conseguimos fazer igual. Por todas às vezes que dizemos a uma criança para não sonhar, só por que meu amigo, não fomos capazes de acreditar em nossos próprios sonhos. Pelas vezes que vimos alguém precisando de ajuda, e não custava nada ajudar, a não ser o nosso precioso tempo. Por todos os conflitos que criamos, por temos inveja de alguém que se sai melhor. Por mentirmos, termos pensamentos maus sobre as outras pessoas. Nós sentimos ódio, nos vigamos e magoamos uma pessoa. Muitas vezes por orgulho. Muitas vezes apenas para querer mostrar algo que não somos.
     Jogo toda essa culpa, em cima de mim, e em cima de você. Os verdadeiros responsáveis por toda tristeza de muitas histórias. Por que você não sabe, mas eu e você magoamos muitas pessoas, e elas se lembram das palavras e atos que fizemos contra elas. E se elas forem más com outras pessoas, nós teremos a nossa bela parcela de culpa.
     Então agora vou levantar a minha bunda dessa cadeira, e tentar me redimir um pouco dessa minha culpa. Por que nós vamos morrer meu amigo, não há oração que irá te salvar. Fazer o bem é a coisa mais difícil que há por aí, e não é justificando com coisas do tipo "Todo mundo é assim, todos nós pecamos". Vamos todos para o esquecimento, e se você não for, eu puxo seu pé quando estiver dormindo.





médico o caralho.
   

Vai se unir quando as pessoas tomarem consciência de se alertarem e alertarem os outros, de forma com que ninguém seja alienado da bondade.

sábado, 18 de agosto de 2012

Quando os Dinossauros dominavam a Terra


Com essa introdução espero mostrar
A vida que tomei e a qual irei levar


E que a cultura pop me tome! 
Se escolho ou não, eu consumo
Não resisto, pois tenho fome
Não leio, nem assisto eu fumo

Crio meu personagem no Diablo
Parece ser o melhor até agora
"Seu nome era Pablo"
E nesse ritmo quase me esqueço

O meu Super-Nintendo
Já está ligado, irei jogar
Vou jogar por um bom tempo
Acho que esse nunca vou abandonar

Com meu Rock faço minhas roupas
Visto só preto ou não visto nada
E então me lembro das poucas. 
Não me orgulho muito disso

Então eu simplesmente xingo
O caminho mostra, o Mestre Yoda
Senhor Légolas ensinais teu amigo
Como ter um cabelo tão foda

Tá na mesa! É hora de D&D
Como eu gosto de ser assim
Opa, já está na hora do meu anime
E não se esqueça das elfas

Ahh, vão ficar de wallpaper
Ultimamente os games melhoraram
Sem isso tudo não posso viver
Então preparo minhas músicas


E no MEIO irei escancarar a ideia
Finalmente, o desenrolar da minha Epopeia


Foi cedo quando percebi
Que quando eu nada sabia
Ao mesmo tempo prometi
Que eu me lembraria para sempre

Das horas ao Super-Nintendo
Do tempo na televisão
No Boss quase morrendo
Diversões que parecem/pareciam em vão

Então eu vivi com crianças
Eu era uma delas
Me armava de fogo, escudos e lanças
Nas colossais batalhas amarelas

E no céu azulado
Via meus heróis dizendo:
"A luta acabou! Goku, obrigado!"
É, assim fui vivendo

Vi os mestres da comédia atuando
Reconheço, tudo isso valeu a pena
A comédia da vida simples, aprendendo e errando:
"A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena"

Quando vi os primeiros grãozinhos indo
Da minha imaginação incrível
Algo que surgiu foi contribuindo
Para que eu não sentisse tanta falta

Então, quando eu abri um livro
Encontrei lá tudo! E a cada página:
Agora já posso partir, tenho tudo que preciso.
Minha aventura! Minha busca ávida

E tudo isso foi sozinho
Mas não posso esquecer dos momentos
Que passei juntos aos meus amigos
As alegrias  e os desalentos.

Não existia descanso. Era insaciável. 
E quando me deitava para dormir
Ficava a espera de um sonho inigualável
Para que no meu sono, ainda pudesse me divertir

Foi então que cheguei por fim
Ao término de época tão boa
Onde as perguntas ignoradas por mim
Era trocadas por imaginação, de tão simples atoa!

domingo, 12 de agosto de 2012

Rosa de Hiroshima

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres 
Rotas alteradas

Pensem nas feridas 
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam 
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária

A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada

 Esse poema tão lindo. De Vinícius de Morais.