sábado, 17 de novembro de 2012

Memórias de um garoto egoísta


     Gostaria de expressar uma opinião, que sinceramente eu percebo. Posso? Bom, o caso é o seguinte, a uns tempos atrás escutei a expressão "pseudo-intelectuais", conheço pessoas que perguntariam, bom, mas o que você define como intelectual? Etc, etc. Simplesmente não disse nada quando ouvi a expressão, apesar de ser incluído nesse rótulo. Acho importante discutir isso, neste texto, por que acho que um assunto vai interferir profundamente em um futuro texto.
     Bom, existem obviamente sentimentos ruins nas pessoas. Tenho muito deles, e ultimamente estou tentando abordar uma nova postura, minha dedução deliberadamente expressada, como a formei, através da razão obviamente. Vamos aos fatos.
     Sou novo, ou seja, não tenho muito experiência prática. Porém sempre procurei saber mais e mais, então existem algumas coisas que aprendi nessa vida. Então gostaria de fazer algumas reflexões sobre essa postura, e talvez - probabilidade por enquanto pequena - xingar um pouco. Ah.
     Então vou deixar isso como introdução, e agora começarei por pontos que acho interessante, falando realmente em um campo prático, que envolve a Ética e o relacionamento humano. Fumemos o texto:

     Nas instituições sociais e em lugares onde temos um certo tempo de convivência com um grupo de pessoas, vamos percebendo diferentes reações perante o nosso caráter e isso é muito interessante! Gostaria de falar de algumas reações que provoquei e o que pude tirar em especial delas.
     Vou bem na escola, não nego, na verdade nesse texto só quero ser direto, não quero amenizar nada. Em questão de notas sou o melhor da minha turma. Essa posição trouxe algumas situações que quero refletir nesse texto - e não vou falar sobre bullying.
     Não acredito que exista grande indiferença por parte de muitas pessoas, se ocorrer é com uma ou outra, por que todo mundo se preocupa com a situação de todos perante a própria. As manifestações são tantas que fica difícil falar de todas aqui, muito difícil mesmo, porém quero pegar as que vão nos levar a algo que planejo.
     Notas não significam tudo, são apenas referentes a uma parte da capacidade cognitiva, e posso perceber  muitas pessoas que se saem bem na arte de pensar, muitas vezes melhor do que eu - mas faço de tudo para superá-las - pois essa arte é vasta demais, não diz respeito apenas a notas escolares. Agora entramos em algo que gostaria de dar uma atenção especial, a competição.
     Competir é um ato natural, e com certeza se dá nas relações sociais, porém gostaria de citar erros cometidos frequentemente por meus adversários, e reconhecer os meus.
    Bom, primeiramente, pode-se competir em relação a tudo. Porém me atenho a competições no campo cognitivo, e um pouco do funcional. Mas essa disputa é muito importante, pois nos leva a melhorar cada vez mais. Gostaria de falar da derrota. Eu não gosto de perder. Ninguém gosta.
     Mas perder como todas as coisas "ruins" fazem parte da vida, então devemos aceitar a derrota. Porém gostaria de criticar algumas atitudes inerentes do péssimo perdedor.
     Por que existe essa falha? Para melhorarmos, muitas vezes falhar é melhor do que ganhar! Críticas são melhores que elogios! Quando se perde, algo está errado, e consertando isso você pode melhorar ainda mais.
     O primeiro erro básico é tentar achar os motivos da derrota no adversário. A culpa ( no sentido de responsabilidade, pelo amor) é totalmente tua. Pensando assim, você se torna independente do adversário, melhorando apenas seus pontos fracos, focando em suas habilidades.
     Esse sentimento de que a culpa da sua derrota é justamente a vitória do oponente é terrível. Pois a partir daí você não consegue desassociar o oponente com o que está se competindo, logo, começa a ser criado um sentimento negativo contra o competidor, o qual não tem fundamento nenhum! Pois se originou do próprio erro de confundir as coisas.
     Um exemplo disso, já fui chamado muitas vezes de metido, o cara que acha que sabe tudo. Quando escuto isso, tento parecer impassível, mas estou na verdade rindo por dentro. Por que NUNCA, isso mesmo, NUNCA, ouvi essa crítica sem a famosa pitada de sentimento negativo da pessoa que falava. Críticas devem ser preferivelmente de forma neutra, mas qualquer uma é aceitável.
     Penso o seguinte, e se alguém não concordar comigo pode comentar aí. Se uma pessoa possui qualquer tipo de defeito, você não deve odiá-la por isso, e não é por que ninguém é perfeito, que se exploda isso. É justamente por que um defeito já impõe um sofrimento para a pessoa devido a justamente ela ter esse defeito. Então uma pessoa metida já irá sofrer por ser assim, pois é uma enganação que faz a si mesma. Perceber isso será complicado (como posso eu não perceber ainda) mas isso já é suficiente.
    Agora vamos entender mais esse negócio de "se achar o sabe tudo". Olha como isso é ilógico. Se você diz que uma pessoa é assim, é justamente por que você discorda, ( óbvio que não é possível saber tudo, mas vamos nos ater somente a essa atitude) e é muito fácil desmascarar isso. Utilizando-se da Razão, é possível demonstrar a falta de conhecimento, com também ela própria se vê diante de seu grande desconhecimento.
     Mas isso faz parte, por exemplo, quando decidi me tornar vegetariano, fui duramente criticado, apenas por que antes de tomar essa decisão tinha me colocado contra uma das justificativas de muitos vegetarianos, e digo que AINDA sou contra essa justificativa. Mas a ideia do vegetarianismo, ultrapassa esse argumento em muito. Mas não... Sou hipócrita por querer conhecer uma ideia, sou hipócrita por que não sou absoluto, por que não escolho uma visão e fico fechado apenas para ela. Por que não vão chupar uma vaca?
     Então toda vez que vejo uma crítica feita a pessoas que estão tentando saber mais, ou se inteirar dos problemas globais, como ajudar de alguma forma, discutir e aprender novas posturas, percebo que o emissor dessa crítica, é justamente (até hoje não vi ninguém diferente) alguém que nada faz a respeito do que critica e muito menos possui uma postura melhor.
     São justamente essas pessoas que talvez não cheguem até o final desse texto, aquelas que vão pensar: "As pessoas tem razão mesmo de chamar ele de metido, fica dando lição de moral". Talvez não cheguem nesse trecho: O caso é que eu vejo que já fiz isso muitas vezes, ultimamente vi duas pessoas querendo ajudar e se integrar em boas ações e sair um pouco do sistema. Eu não critiquei, mas não achei certo o caminho que elas tomaram, porém não disse nada. Agora vejo que errei em não dizer nada, ainda assim apoio totalmente a vontade de ajudar, a vontade de transformar um pedacinho de cada um. Porém vou entrar em contato com elas, e expressar minha opinião.
     Depois de um tempo sem postar nada, deixo um recado para lembrá-los que eu não desisti ainda. Seja um texto prático como esse, que envolve a Ética e o relacionamento humano, seja um ensaio sobre os maiores problemas que nos assolam, minhas últimas descobertas e meus principais questionamentos ( está em pauta, mal posso esperar para escrevê-lo para vocês, na verdade eu começaria hoje, mas antes achei necessário abordar essa atitude e ainda acho necessário falar sobre mais uma coisa que vai ajudar muito na minha falsa Magnum Opus)
     Antes de qualquer despedida, gostaria de pedir para esquecerem os rótulos.