terça-feira, 30 de outubro de 2012

Movimento relativo das pessoas rezando

     Hoje, cheguei a uma conclusão. Conclusão é uma palavra tão enganadora não? Até hoje foram poucas conclusões de fato. Tudo deve estar sujeito a mudança, então é por isso que hoje vim fazer um protesto. O tempo é curto, mas muito há para se falar.
     Muito curto realmente, antes de voltar aqui, reconheço minha ausência, gostaria de lembrar uma coisa. Vamos relaxar! Não sei as outras pessoas, mas percebi que naturalmente não levo as coisas a sério. Bom, algumas coisa eu acho que sim, mas as coisas que realmente não devem ser levadas a sério eu REALMENTE não levo, e dou graças por isso.
     O caso é que eu já vi muitas pessoas se dizendo superiores a outras por causa de um certo aspecto ou outro e elas estarem completamente erradas, como um velho amigo meu diria: Sempre que você pensar que você é bom, terá alguém duas vezes melhor, e todas as vezes que você pensar que é ruim, terá alguém muito pior... E isso é interessante, não nego que eu muitas vezes já fiz isso! Porém acho que eu tenho uma vantagem - ironia? - que seria: Eu simplesmente não ligo.
     A condenação, eu sou bom por causa disso, você é ruim por causa daquilo. Essa é a ideia bem prematura, mas guardem minhas palavras, vou retornar com isso. Tomara que eu lembre desse texto. Talvez se juntar tudo dos meus rascunhos - esse aqui já não é mais um deles - dê para fazer um suco.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Para onde foram as salsichas?


O que você vai fazer?

Simplesmente assim, eu pergunto, o que nós vamos fazer?

Nós somos alienados de muitas coisas, mas podemos procurar nos "desalienarmos". E quando você procura isso o que acontece? Você fica sabendo que algumas atitudes que toma no seu dia-a-dia causam até mortes, de animais, de pessoas.
Pode ser que até depois de saber algumas coisas você queira voltar a ser como antes. Parece ser melhor estar alienado do que continuar sua vida sabendo quanto mal existe por aí, e pior, quanto mal tem a sua grande contribuição.
Então eu no caso, não sei se alguns param e tentam mudar.

É grotesco  é foda. Por que é muito tenso mudar hábitos enraizados por uma cultura, enraizados por todos a sua volta, principalmente você. É se libertar do Matrix. Quando você escolhe a pílula vermelha, você paga um preço. Só que não somos como o Neo, não temos nenhum tipo de super poder e não somos "o Escolhido". Somos humanos, perecíveis, suscetíveis a males e dores. E quando nos damos conta disso...

Ainda assim, depois de tentar sair dessa alienação, (que ao meu ver pode ser uma benção) você tem que decidir. Mas antes gostaria de perguntar uma coisa.
Existem penas para assassinos, porém se provado que o réu tem problemas mentais ele é absolvido e mandado para uma clínica de tratamento. O fato é: Quem não tem conhecimento do mal que causa, é culpado pelo mesmo? (gostaria de convidar a qualquer um que leu isto a responder nos comentários ou o que valha).

Agora enfim: O ultimato. A partir do momento em que tomamos conhecimento do mal que causamos temos duas opções: Continuar causando o mesmo, ignorando-o. Ou mudarmos, fazermos o maior esforço possível, para averiguar que estamos matando esse mal. A primeira opção é triste.

Eu entendo que aquele que faz um mal sem ter conhecimento pelo mesmo não deve ser culpado. Mas se você resolveu sair da máscara que colocam, (penso agora se não é para o nosso bem) você é um ser que pratica o mal, e tem consciência disso. Você se condenaria? ( Eu sim ). Tudo tem seu preço, a ignorância pode parecer ruim, mas se quando se sai dela, parece que está empatado. Tudo tem seus dois lados, nada é só bom.

Então, agora não existe mais volta. Para quem quis sair da venda que impedia o conhecimento desse mal não existe retorno. Você não pode mais voltar a não saber de tudo que nós provocamos de tanto mal, de tanto... Só lembro uma coisa, uma vez que não tentemos mudar, estamos fazendo algo conscientemente, e estamos vestindo nossa manta de culpa. COMEMOS A MAÇÃ PROIBIDA! TALVEZ VEJAMOS MUITO ALÉM DO QUE MUITOS, MAS PAGAMOS UM ALTO PREÇO POR ISSO.

Só nos resta mudar, ou não.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A bela dor

     Conselho, pulem o primeiro texto, que ficou uma droga, e leiam o segundo, que ficou menos ruim.


     Ontem quase me mataram. Hoje eu quase morri.

     Estava eu, na noite de ontem, conversando com uma pessoa querida. Então, como sempre faço para uma pessoa que me interessa, sugeri que ela desse uma olhadinha no meu blog, para fins de uma leitura avulsa de graça. Sem graça.
     Até aí tudo bem, estava tudo sobre controle (não do jeito que eu queria que estivesse, mas isso não importa muito, por que o jeito que eu queria que estivesse é diferente do que eu ando normalmente, mas pretendo ser assim um dia) tudo normal. Até que eu fiz a minha sugestão, e a pessoa teve a felicidade de me perguntar: "E para que serve esse seu blog?"
     Ah Arthur, dedicar um post inteiro sobre isso? Não, não vai ser todo o post, a outra metade é a que estou com mais vontade de discorrer sobre. Mas então, pode parecer a coisa mais clichê aquele papo de: Qual a função do meu blog, para que ele serve? Estou tentando manter distancia desse tipo de pensamento ultimamente...
     Porém... É, porém. Eu não soube responder. De fato seria simples dizer belas palavras do tipo: Meu blog é uma passagem na qual expresso por meio da escrita, pensamentos e opiniões, ao mesmo tempo em que, na medida do possível, consigo manter contato com os leitores e provocar o senso crítico nos mesmos. Na verdade tudo isso é tentativa, é me vendar e atirar no escuro. Talvez isso aconteça, talvez não. Mas seria uma boa reposta, e em alguns casos, pode ser verdade.
     Porém, não respondi. Não por que eu não considerei que não houvesse resposta que respondesse devidamente a pergunta, mas simplesmente, por que EU NÃO SEI. Não sei por que escrevo aqui, mas sei por que escrevo. E isso não é nenhum paradoxo.
     Não poderia responder a pergunta: "Por que você escreve no seu blog?". Porém, facilmente respondo a questão: "Por que você escreve?". Para esclarecer, vou responder ao segundo questionamento.
     Eu escrevo por que gosto, é ao mesmo tempo algo que tenho prazer em fazer e treina meu cérebro. Eu aprecio qualquer tipo de treinamento intelectual, escrever é um deles. A escrita representa para mim, algo que uma professora muito querida já disse uma vez: "Eu escrevo para saber que eu existo". Infelizmente não pretendo prolongar muito essa parte. Mas em suma é isso; um ato no qual eu posso ver ideias saindo da abstração da conturbada mente e por fim: formando um texto.
     Então, por que não posso responder à primeira pergunta? Bom, vamos lá.
     O ato de escrever, simplesmente por escrever, não pede algo além disso. Se escrevo uma poesia em um papel higiênico, eu posso até guardá-la e lê-la, porém não precisarei que mais ninguém leia, pois a minha única necessidade era: escrever.
     Então qual o sentido, em colocar textos em um blog? Por que não crio os arquivos no word e os guardo para mim mesmo? Será que é para compartilhar conhecimento? De fato. Mas mesmo assim é muito vazio, não sei quem vê, nem se vão consumir esse conhecimento. Bom, mas eu não gosto do bom, prefiro o excelente.
     A ideia de blog, já vem com o conceito de que alguém pode ler. Então você escreve um texto e fica ansioso para receber os comentários e ah, cansei de falar sobre isso. Vamos para o próximo assunto. (finalmente)

Hoje eu quase morri,

     Voltando no assunto anterior, é, voltando nele... Hoje eu li o conceito do Estoicismo na minha apostila de Filosofia. É complicado, vou fazer uma síntese da síntese. 
     Podemos mudar drasticamente de atitude em apenas um dia não? Sim, podemos. Tive a felicidade de aprender como mudar assim, sem necessitar do sofrimento, pois o sofrimento muda as pessoas drasticamente, e muitas vezes para melhor. Essa minha técnica de não precisar sofrer é boa, mas o sofrimento às vezes é mais esperto, e me mostra o outro lado.
     A mudança hoje não foi drástica, eu apenas percebi. Sim, percebi e me identifiquei na maioria dos princípios dessa corrente filosófica. (Estou pensando se devo colocar um texto sobre ela antes desse, bom agora acho que vou por, então vou lá transcrever. Pronto terminei, continuemos).
     Primeiramente algo que é muito importante e sobre o que eu já trabalhei sobre no blog, é se o sofrimento é algo  realmente ruim. Bom, várias revoluções e bons pensamentos surgiram depois de épocas difíceis. E épocas difíceis não são nada além de uma briga. Podem imaginar o que coisas maiores não poderiam fazer?
     Mas não estamos falando de masoquismo por aqui. A dor. No texto sobre Estoicismo, pode-se perceber uma pequena mas importante recordação de uma parte do pensamento de Heráclito. ( Aconselho a leitura do texto "Contrários Harmoniosos", no início do blog)
     A citação: O homem comum olha o quente e e o frio, e pensa que o quente pode viver sem o frio,  e vice-versa. O que nos leva a pensar, o bem. Tudo aquilo que é bom. A felicidade, a alegria, o amor. Poderiam eles viver sem a raiva, a tristeza? Não, pois são necessários. Essa dualidade faz parte da natureza do ser humano, fugir dela é uma atitude nessa visão, no mínimo insensata.
     Pretendo pensar mais sobre a questão de emoções em um futuro texto, o qual vou ligar com elementos do Estoicismo e desse texto aqui.
     Ultimamente, o pensamento de que certas atitudes, como sofrer por algo que não pode ser mudado, são totalmente inúteis e dispensáveis, sendo consideradas por mim como empecilhos na busca pela sabedoria veio me assolando, furtivamente. Quando me dei conta dos princípios dessa corrente filosófica, parei e vi que tudo isso era bom.
     E a medida que li, percebi como aquilo era a minha cara. O princípio que prega essa "Apatia Estoica" é muito interessante, pois existem coisas que não necessitam de tamanho interesse. Coisas que não vão mudar, que independem da sua vontade. 
     Foi então que a melhor parte veio! Sim, a parte que diz respeito não a  fenômenos naturais ou dificuldades ao longo dessa vida. Mas sim algo sobre as pessoas, você não poder controlar o que uma pessoa pensa de você!
     Sempre tentei me importar o mínimo com o que os outros pensam de mim, por que eu ficar me preocupando com o que fulano acha de uma atitude que muitas vezes pôde ter sido mal interpretada, é algo completamente inútil, pois não vai mudar o que ele pensa. 
     Hoje eu quase morri, o que me levou novamente a questão do blog, e também, por que parece que estou no caminho certo. Independente do sentido desse blog, independente da sua opinião.
     









Digamos que um texto muito técnico (tirando algumas partes, não fiz com o aquele tesão da coisa). E novamente estou aqui, escrevendo esse rodapé, para quê? Me identifiquei muito, mas ainda existem pontos que não me vejo dentro dessa corrente. Vou assim, achando minha própria filosofia. Vivendo, sonhando! A partir de hoje mais do que nunca, por que eu sei, eu tenho certeza, que tenho que fazer essa vida valer a pena. E isso não tem nada a ver com você,  e sim comigo. Finalmente uma luz. A dor esclarecida, se torna bela.

Estoicismo

Bom, como vão perceber no texto que irei publicar daqui a pouco - o qual eu parei na metade para escrever isso aqui - o Estoicismo foi uma descoberta encantadora na minha vida. Aqui vai as partes que considero mais relevantes para o iminente texto. Apostila de Filosofia. Autor: O de sempre, Romulo Vitor Braga (já até decorei).

     "O Estoicismo é a principal escola filosófica do périodo helenístico  e com os pensamentos de Sócrates, Platão e Aristóteles. [...]
      O Estoicismo foi uma filosofia helenística que teve vida longa, pois adentrou o Impe´rio Romano  por meio dos pensadores romanos Marco Aurélio, Cícero e Sêneca.
      Esse pensamento porpõe a divisão da Filosofia em três parte fundamentais: física, lógica e ética. Essas trÊs partes formam um conjunto explicado pela metáfora de uma árvore. A física é a raíz, a lógica seria o tronco e ética seriam os frutos dessa árvore. Por meio dessa metáfora, podemos notar que a finalidade de todo conhecimento da natureza (a física) e da lógica deve proporcionar uma arte de viver bem (a ética).
      [...] O homem é uma semente dessa razão divina, ou melhor, é um modelo no microcosmo em ressonância com o macrocosmo. Isso quer dizer que da mesma maneira que o universo funciona também o homem funciona.
      Ora, nesse contexto, como deve se portar o homem diante da vida e do universo? Para o estoico, ao compreender que é um ser racional que possui uma maneira de ser de acordo com o universo, o homem deve entrar em harmonia com esse cosmo e viver de acordo com suas leis.
      Diante disso, não há motivo para desespero até mesmo diante do sofrimento. Se a dor existe, ela é parte integrante do homem e do universo, e, portanto, é boa. Se o homem escolhe se revoltar contra a dor é porque não compreende que ela é parte de uma harmonia cosmológica perfeita.
      Isso vai gerar uma atitude muito austera diante da vida. Ao estoico, sofrer pela dor não faz o menor sentido. Por exemplo, a morte lhe é um fato natural, portanto, não o pode abalar.
      Essa noção de razão divina (logos) vai gerar outra postura. Se é a razão divina que gere o mundo, cabe ao homem saber o que ele pode mudar e o que deve aceitar resignadamente.
      O Filósofo estoico nos pede incessantemente para que não soframos com aquilo que não é de nosso controle, ou com aquilo que não depende de nós. Por exemplo, as intempéries da natureza estão fora do nosso controle, portanto, não devem ser causa de preocupação ou aflição. O tempo não está sob nosso controle, portanto, não pode ser uma preocupação. A velhice e as doenças são inevitáveis, portanto, não podem ser motivos de aflição. O mesmo ocorre como o que outras pessoas pensam de nós. Por mais que façamos o bem ou pensemos que estamos fazendo o bem, o que uma pessoa pensa sobre nós ou sente por nós não está sobre nosso controle. Portanto, não deve ser objeto de nossa ocupação.
      O que o estoicismo quer nos dizer é que a vida, o tempo, o amor, a dor, ou seja, o universo já estava aqui antes de nós e vai continuar depois que nós nos formos. O que ocorre no universo e, eventualmente, na nossa vida não é pessoal, mas uma lei que rege tudo o que está inserido no cosmos."