segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Um ponto sobre diálogo.

Trecho da apostila de Filosofia do Poliedro sobre Platão. Autor: Romulo Vitor Braga.

"Por que diálogo?"

     "O diálogo consegue proporcionar a experiência de que o conhecimento deve passar por um processo de purificação ou de elevação que segue determinados estágios inferiores para adentrar estágios superiores.
Além disso,o diálogo oferece uma carga dramática necessária para que seja possível compreender que, apesar de envolver linguagem fundamentalmente teórico, a Filosofia requer um esforço, determinação e postura, que de fato, estão aliem da vida do cotidiano. [...]
     Para o filósofo, os sofistas não agrediam ninguém fisicamente, mas faziam uso da violência da palavra. Em um dos seus diálogos, usa de palavras duras para descrever a atitude de um sofista em particular que " salta como uma fera, pronta para dilacerar" para fazer calar Sócrates.
     Para ele, os sofistas odeiam a Filosofia por ela não reconhecer no prazer das paixões o princípio necessário da vida humana. Portanto, quando o sofista quer defender apensa a aparência da verdade, eles está se esforçando para defender algo mutável, que se alterna de acordo com a vontade, algo que não é fixo, mas que muda a bel-prazer. O sofista, então, defender a opinião subjetiva que não tem fundamento autêntico, mas que apenas quer satisfazer uma opinião pessoal arbitrária a qual, como a criança, muda de acordo com sua satisfação passageira. O sofista quer defender a aparência, quer dizer aquilo que o homem, preso ao mundo físico, das paixões, da opinião (Essa parte aqui é bem interessante), quer ouvir. A filosofia todavia, procura a verdade que nem todos estão dispostos a enfrentar. "

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